Pede-me assim: a áurea azul de lá,
suposto chão.
SILÊNCIO
Trincas-me no tempo do teus olhos vivos,
à luz das estrelas envergonhadas
que povoam o tecto.
Quarto
coberto com odores a chuva.
Povoa-me nas horas mortas
do sorriso
encostado
ao peito;
palavras hú-
midas que a roseira
vai
deixando cair no corpo.
Adormece-me
entre as pétalas orvalhadas
luz e fontes embutidas
nas paredes róseas do sal.
Acorda-me nas tuas mãos avulsas,
arvorescentes de pousios -
as letras.
(...)
Quebro o silêncio das cores;
o entalhe do poema
no odor da garganta
emechado.